Pentecostalismo Bíblico e o Pragmatismo no meio Pentecostal

Pentecostalismo Bíblico e o Pragmatismo no meio Pentecostal

maio 27, 2018 2 Por Genilson Alvez

Descubra nessa leitura o significado do verdadeiro pentecostalismo bíblico!

O pragmatismo é um pensamento filosófico criado no fim do século XIX. O filósofo americano Charles Sanders Peirce (1839-1914), pelo psicólogo William James (1844-1910) e pelo jurista Oliver Wendell Holmes Jr. (1841-1935), são considerados seus idealizadores. Esses homens se opondo ao intelectualismo, consideravam o valor prático de uma doutrina como critério da verdade. Assim sendo, ser partidário do pragmatismo é ser prático, ser realista. Logo, é não fazer rodeios, mas ter seus objetivos bem definidos. Aparentemente é um termo bonito considerando sua praticidade, mas vejamos suas implicações e efeitos danosos nas linhas que se seguem.

Esse pensamento pragmático tem levado grande parte das lideranças das igrejas pentecostais a reproduzir e aprovar vários ensinamentos que não são bíblicos. Esse líderes fazem isso pelo fato simplório de darem certo ou funcionarem segundo os objetivos desejados. Nesta forma de pensamento, a mensagem, a ortodoxia bíblica, a análise teológica e os fundamentos da doutrina cristã não são priorizados, uma vez que estes possuem pouco ou nenhum valor. Isso porque o que importa mesmo é se o povo vai se agradar, se o templo vai encher, se a igreja vai crescer com determinada “técnica”, se a oferta vai ser boa. Além disso, os líderes preocupam se com isso manterão garantido o “cargo” e os benefícios financeiros.




O pragmatismo no meio pentecostal é o responsável por tanta confusão e absurdos vistos e ouvidos em nossos púlpitos. E que ainda são propagados de forma lastimável por alguns “pregadores itinerantes” que percorrem por nossos templos e cultos, que cobram ofertas abusivas e tudo isso, bem diante do olhar de muitos líderes que são coniventes e de igual forma também pragmáticos.

Em meio ao culto pentecostal pragmático, o cristão que segue genuinamente o pentecostalismo clássico, é costumeiramente rotulado de frio, formal, carnal, tradicional, sem visão ou mesmo insensível ao mover do Espirito Santo. Se for um pregador e não soltar várias “rajadas de línguas estranhas”, “entregar várias profecias” ou levar o povo a “rodopiar e entrar na unção do aviãozinho”, é porque a mensagem não foi boa. Outros ainda saem falando: “Deus não falou comigo, não fiquei nem mesmo arrepiado”.

Resistência a Educação Formal.

Infelizmente no meio pentecostal, tanto num contexto geral como assembleiano, pode-se notar através dos tempos certa resistência à educação formal e de qualidade no labor teológico. Nota-se também a falta de motivação para o estudo sistemático da Bíblia. Essa demora ocasionou as muitas aberrações, que hoje são chamadas de “manifestações pentecostais”. Porém, essas “manifestações” não tem nenhum respaldo na Bíblia Sagrada.




As igrejas que se deixam levar pelo pragmatismo oferecem cada vez mais um ambiente e uma forma atraente (porém não bíblica) de cultuar a Deus. Para essas igrejas, pouco importa a doutrina genuinamente bíblica e cristã. O que importa para eles, são “os milagres”, a cura, a prosperidade financeira e uma “paz com Deus que é centrada em seus sentimentos”. Para resumir numa frase, “o que importa são os resultados alcançados”.

Nossa oração é para que a Igreja e sua liderança abra mão de um movimento centrado no homem e fundamentado nos resultados práticos que é o pentecostalismo pragmático. Nossa oração é para que a igreja se volte ao pentecostalismo genuíno. Pois esse é um movimento iniciado pelo Espírito Santo em Atos 2, fundamentado na Palavra de Deus. Assim, o correto é um movimento centrado em Jesus Cristo, cujo fim é a glória de Deus o Pai.

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Genilson Alves
Presbítero e líder de Missões na ADPEL- Vila Sul (Assembleia de Deus campo Pedro Ludovico);
Professor de EBD e do núcleo do Instituto Bíblico das Assembleias de Deus congregação Vila Sul- IBASP.
Graduando em Teologia pela faculdade Assembleiana do Brasil – FASSEB.