Enfrentando as Tempestades

Enfrentando as Tempestades

agosto 30, 2018 1 Por Genilson Alvez

Quem nunca enfrentou momentos ruins? Quem nunca achou que não iria conseguir ou que determinada situação seria o seu fim?

Recentemente foi noticiada em todo o mundo uma situação bastante desafiadora que ocorreu com doze crianças na Tailândia onde aquelas crianças ficaram presas por vários dias em uma caverna, imagino o estado emotivo e o stress que aquelas crianças ficaram submetidas, todavia, havia ali alguém que tinha um preparo e que pôde ajudar naquela situação, o preparo daquele técnico não era apenas físico, mas emocional, tendo sido um ex-monge budista aprendeu princípios de autocontrole que foram fundamentais naquela situação podendo da mesma forma orientar aquela crianças. A vida cristã não é diferente.




No texto de Atos 27 aprendemos que: Há momentos em nossas vidas que somos desafiados por situações adversas que muitas das vezes vem para nos destroçar, nos deixar sem saída, o texto de Atos 27 é bastante interessante, ele
nos remete a algo que com frequência acontece com a gente exatamente para testar a nossa fé, são situações que tem no mínimo duas finalidades: fazer-nos crescer ou nos destruir.

Situações ruins acontecem

Paulo em seu julgamento anterior havia apelado para ser julgado pelo próprio César imperador de Roma e por isso estava sendo enviado naquele navio, a Bíblia diz que os ventos eram contrários. Não era um bom momento para navegar. Isso aconteceu alguns meses antes do inverno, quando é muito difícil navegar por causa das tempestades. Devido aos ventos contrários, o navio teve de navegar pelo o norte da ilha de Chipre, usando o continente para
amenizar assim a força da tempestade. Por fim, os viajantes chegaram ao porto de Mirra, onde encontraram um grande navio que ia para a Itália.

Paulo e seus companheiros de viagem chegaram a Cnido, na extremidade sudoeste da Ásia Menor, cerca de 200 km de Mirra, o último porto de escala antes de navegarem pelo mar Egeu rumo à costa da Grécia. Mas o vento estava tão forte que forçou o navio a ir para o sul. Eles então navegaram ao longo da costa sul da ilha de Creta, usando a ilha novamente para diminuir a força do vento. Por fim, o navio ancorou em um pequeno porto chamado Bons Portos. E como a estação propícia para a navegação tinha chegado ao fim, continuar a viagem seria muito perigoso.

As lutas que já enfrentamos servem de base para enfrentarmos novos desafios

Paulo já tinha navegado muitas vezes antes. E pelo menos duas vezes já tinha passado por naufrágio (2 Co 11.25). Sendo assim, ele tinha base para o que estava dizendo. No entanto, a tripulação não ouviu seu conselho. Como Bons Portos era um porto pequeno, a tripulação resolveu tentar chegar a Fenice, o maior porto no lado oeste de Creta, a 100 km dali. E bem provável que o dono do navio quisesse levar sua carga para vender em um porto maior. Além disso, Júlio, o centurião romano, também devia estar querendo um lugar melhor para abrigar seus soldados.




Em outras palavras, a ganância e o desejo de conforto podem ter cegado o bom senso. Pela manhã, o mar ficou calmo e um vento suave soprou do sul, levando-os em segurança para perto da costa. Mas, de repente, uma violenta tempestade vinda do nordeste chamada Euroequilão (nome dado a todas as tempestades vindas do nordeste) atingiu o navio, impedindo-o de navegar a favor do vento. A palavra traduzida por tufão (ara) vem da mesma raiz da palavra furação. A tempestade levou o navio para o sul, a uma pequena ilha chamada Cauda, o que mais uma vez fez a força da tempestade diminuir o suficiente para que a tripulação tomasse algumas medidas para salvar o navio.

Assim como Paulo, certamente já passamos por lutas anteriormente. Certamente Deus cuidou de você nos mínimos detalhes, não tema, Deus está na direção e cuida de você! Essa situação não é o seu fim.

Não se perderá a vida

O Deus onipotente e onisciente deu a Paulo a garantia absoluta de que ninguém do navio se perderia. Contudo, no versículo 31, Paulo disse ao centurião que se os marinheiros saíssem do navio, seus soldados perderiam a vida. Desse modo, segundo o que Paulo havia dito, os soldados impediram os marinheiros de deixar o navio e todos chegaram à terra a salvo (v. 44). Deus cumpriu Sua palavra e Sua promessa por meio da advertência de Paulo e da escolha que os soldados fizeram.

Vale ressaltar também que no momento de tensão e esgotamento Paulo estava ali orientando e motivando o centurião e as 276 pessoas que estavam naquele navio a que não perdessem a esperança, ou seja, uma liderança que é desempenhada de modo exímio em quaisquer circunstâncias. O papel de Paulo é aquele que todo cristão deve desempenhar em situações adversas, ter domínio próprio, autocontrole e sabedoria para tomar decisões corretas e ter êxito uma vez mais.
Por fim, o segredo sempre está na confiança em Deus e na certeza dos seus cuidados.

E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. (Rm 8.28).

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Genilson Alves.
Presbítero e líder de Missões na ADPEL- Vila Sul. (Assembleia de Deus campo Pedro Ludovico).
Professor de EBD e do núcleo do Instituto Bíblico das Assembleias de Deus congregação Vila Sul- IBASP.
Graduando em Teologia pela faculdade Assembleiana do Brasil – FASSEB.